Um conto para saber qual corrente sua mente segue

Bom, esse é um trabalho que fiz a alguns dias na faculdade e resolvi adapta-lo aos dias atuais, se tiverem tempo, leia tudo e classifique o mais culpado para o menos culpado


Maria Rampera era uma tremenda de uma biscate, porém amava desesperadamente a Jaum do Chifre seu dedicado marido. Ela nunca soube explicar o que a levava a procurar outros homens, mas aquela tarde fria do primeiro dia do inverno de 2009 marcaria a vida dos dois para sempre.

Duas horas da tarde, a linda e loira Maria Rampeira toma cerveja no bar de um trapiche com seu amante, Luisão, um moreno alto, bonito, sensual -enfim um espetáculo de homem-. O celular toca e ela leva o dedo indicador em riste frente aos lábios e diz:

- "Quieto, é ele... meu marido!", ela atende e diz:

- "Oi amor da minha vida, o que deu para me ligar neste horário?"

- "Cheirôo, dundundinha do meu coração... adivinha? Tô indo pra casa mais cedo e daqui a meia hora estarei aí para te amar como um leão, meu coração..."

- "Como!!!"

- "Tchau minha flor já estou chegando..."

- "PQP, meu marido está indo para casa, se ele chegar lá e não me econtrar e bem capaz que me mate depois. Por favor, rápido, me leva para casa... por favor." Diz ela após desligar o celular.

- "Cê tá louca, cê comeu cocô? Nós vamos ter que dar a volta lá por Garuva e com certeza ele vai chegar antes. Se ele me ver chegando com você, aí é que ele mata nós dois!"

- "Não precisa me deixar na esquina de casa, uma... duas quadras antes... por favor."

- "Mais nem dois bairros antes, esqueceu que o chifrudo é da PF. Já posso até ver as manchetes dos jornais de amanhã: 'Moreno alto, bonito e sensual é assassinado por corno ciumento'... esquece! Tô fora! Fui!"

Uma lágrima furtiva corre a face de Maria Rampeira enquanto um GT40 possante levanta o pó da pequena estrada de terra em direção a Joinville.

- "A que horas tem o próximo Ferry-boat para a travessia até São Francisco." - pergunta ela ao dono do bar.

- "Óia dona, agora só lá pelas seis da tarde."

- "E o senhor não poderia me levar até São Francisco com a sua bateira? Eu pago bem... por favor."

- "Com o perdão da palavra, mas a senhora enlouqueceu? Perdeu o juízo de vez? Se o Sr. Jaum sabe que a senhora estava aqui "galinhando" em plena duas da tarde, ele mata todo mundo aqui na vila da Glória. Sai deu Zebedeu!"

Maria Rampeira, por fim, sai caminhando pelo longo trapiche mar adentro enquanto reflete que ali estava o fim do seu casamento de mais de 10 anos. Não resiste, chora ao lembrar de seu grande amor...

Num átimo de desespero olha pra trás, para um lado, para o outro e rouba um barco que estava ancorado no final do trapiche. Mas Maria Rampeira nunca conseguiu chegar do outro lado da baía, em São Francisco do Sul. O barco chocou se contra um recife e afundou. Maria Rampeira morreu afogada na última travessia de sua vida.

Quem matou Maria Rampeira?

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